terça-feira, 18 de setembro de 2018

Muitas preocupações = ansiedade!

Bom dia, queridos amigos leitores!

Encontrei um livrinho interessante por esses dias, o título é "O que fazer quando você se preocupa demais". A ideia do livro é ser um recurso para crianças e seus pais entenderem, sob uma ótica cognitivista, como as preocupações se instalam nas jovens cabecinhas e o que, enquanto adultos, podemos fazer para ajudá-las a superar este funcionamento que causa tanto sofrimento.
Numa linguagem muito prática e clara, o livro sugere atividades simples para as crianças e orienta os pais no suporte adequado, explicando o que vai acontecer em cada momento, a medida que as atividades vão sendo incorporadas ao dia a dia da família. 
Viver hoje traz inúmeras opções diferentes, algumas ótimas, outras, nem tanto, o que pode trazer muita insegurança e confusão para as crianças que estão expostas a um ambiente que não diz com clareza que podemos muitas coisas e não podemos várias também. Voltamos a cair na questão da falta de limites claros para a construção de pessoas capazes de enfrentar os desafios que a vida vai trazer e daí, para se instalar a ansiedade, não precisa muito mais...
A boa notícia é que sempre dá pra fazer diferente e mudar as situações: ler, se informar e se precisar, buscar ajuda de um profissional psicólogo são algumas das ideias que podem contribuir muito para uma vida mais saudável e cheia de alegrias, sabendo que as tristezas fazem parte e também nos ajudam a crescer!
Aproveitem a dica!

Um beijo amigo,

Cynthia Tanajura

sábado, 8 de setembro de 2018

E eles crescem rápido!

(Este texto foi escrito em maio de 2016 e ficou perdido nos rascunhos. Resolvi publicar também.)

A adolescência lá em casa bate à porta! Momento precioso, cheio de descobertas, desafios, dúvidas, medos, choro e gargalhadas... Acompanhar o desenvolvimento de quem você ama com todas as implicações que isto traz é fascinante.
Os livros neste período, apesar de toda a resistência que podem provocar, são preciosos aliados nesta nova etapa da vida e podem servir de guia para os pais, que nesta época também se transformam... Tenho aqui uma sugestão bem interessante e que pode ajudar a provocar conversas importantes, dando continuidade à formação dos nossos pequenos, agora já
não tão pequenos assim.
"O livro do adolescente", de Liliana e Michele Iacocca é o tipo de material que provoca, estimula, motiva! Com mais perguntas do que respostas, é dinâmico e desperta curiosidade sobre diversos assuntos, muito presentes na vida de quem está se descobrindo.

Senti vontade de voltar...

As crianças cresceram muito, agora sou mãe de dois adolescentes lindos! Desde o nosso último encontro vivemos momentos diversos de descobertas que certamente estão longe de acabar, pois a vida é um descobrir e aprender sem fim... Mas os livros permanecem como parte importante na nossa rotina. 

Por isso mesmo é que não pude ficar indiferente diante de uma polêmica que surgiu esta semana, sobre um livro de Ana Maria Machado, "O menino que espiava pra dentro". A sua primeira edição é de 1983 e uma mãe zelosa, mas talvez assustada demais com as últimas notícias sobre o comportamento de risco de crianças, adolescentes e jovens, acusa o livro de incitar o suicídio, o que me causou muito espanto, já que conheço o trabalho primoroso e premiadíssimo da autora em questão, que também é uma imortal, ou seja, faz parte da Acadêmia Brasileira de Letras.
Na verdade, a história trata da imaginação de um garotinho que se sentia um tanto solitário e usava este recurso para brincar, fazendo links com contos infantis e que por fim descobre que viver é muito melhor do que apenas imaginar. A mamãe assustada fez um recorte do texto sem contextualizá-lo e pronto, estava lançada a confusão, que deixou a autora e muitos dos seus leitores surpresos e tristes com esta polêmica.
Mas o que podemos aprender com tudo isso? Primeiro, que precisamos ter muito cuidado com o que publicamos e propagamos nas redes sociais, pois somos responsáveis pelo que construímos e divulgamos, mesmo enquanto apenas uma opinião. Depois, é preciso que nos certifiquemos da informação que estamos passando adiante, contextualizando, discutindo antes, checando se procede o que queremos divulgar. Pensar antes de agir é um princípio básico de qualquer relação social, ainda mais quando vamos gerar informação que alcançará muitas pessoas.
Uma coisa é certa, o desequilíbrio em que vivemos atualmente e que nos mantém sobressaltados, não pode ser usado para provocar exageros disfarçados de proteção, pois este tipo de comportamento pode se tornar tão perigoso quanto a negligência, quando falamos de educação das nossas crianças.

Vamos respirar...

Cynthia Tanajura     

Acesse o link sobre o assunto:

https://oglobo.globo.com/cultura/foi-como-uma-bigorna-na-cabeca-diz-ana-maria-machado-23047123